Recaatingamento para o Semi-árido
O Bioma da Caatinga, ecossistema estritamente brasileiro, representa para o país e mais especificamente para a região nordeste um grande patrimônio natural. Apesar do seu forte poder de superar as estiagens ela, assim como, os outros tipos vegetações brasileiras, tem seus limites e sofre pela exaustiva exploração.
Em detrimento da situação a que se encaminha o bioma e da sua relevância para a sustentação econômica regional, recai sobre os governos e sociedade a preocupação e responsabilidade em evitar o aumento da degradação. A urgência em recuperar as áreas desmatadas através do reflorestamento ou recaatingamento, medida remediável, é preponderante para garantir a sustentação das demandas das futuras gerações que se dá com a sobrevivência dos animais e plantas do semi-árido.
Árvores como o Umbuzeiro e Baraúna que levam dez, quinze anos para atingir a fase adulta e que requerem um considerável tempo para fornecer fruto ou madeira foram por longos anos castigadas pelo corte indiscriminado. Estas espécies estão cada vez mais extintas e precisam de maior proteção, desapareceram em muitos lugares, precisando ser replantadas.
O crescente aumento da exploração dos recursos pela extração de madeira viva, queima de áreas para cultivo agrícola, exploração intensiva de animais para abate ou assoreamento das margens dos rios e afluentes são os principais fatores que atingem as matas do semi-árido, denotando uma exploração insustentável do ecossistema.
A Caatinga é considerada pelos biólogos atualmente como, o bioma menos preservado do mundo quando somente 0,28% se encontram em situação de preservação ambiental.
Estudos apontam que em torno de 50% das áreas da caatinga já foram alteradas e em conseqüência disso, essas áreas encontram-se em um preocupante estágio, o de desertificação, estágio onde a área se torna imprestável, estéril ao crescimento de plantas.
A caatinga oferece relevante contribuição para o desenvolvimento regional e a parcela de importância a que representa recobra o olhar de todos para o desenvolvimento sustentável das comunidades locais. Esse olhar deve estar ainda mais atento quanto à recuperação, da qual necessita esse importante ecossistema, para se converter a situação atual do nosso bioma.
Michael Ribeiro
Jornalismo
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